*Reportagem de Pablo Diegues
O instrutor da Gracie Barra João Graciano chama atenção pelo compromisso com a inclusão de alunos autistas nas aulas de BJJ.
Num cenário onde o Jiu-Jitsu cresce mundialmente como ferramenta de formação e transformação social, João se destaca em competições da IBJJF e ainda ministra aulas para crianças, adolescentes e adultos, combinando disciplina técnica, sensibilidade humana e um olhar atento para cada aluno.
Com empatia, muito estudo e uma didática acessível, João integra alunos com diferentes necessidades em suas aulas, promovendo uma cultura de respeito e inclusão.
Esse compromisso é também pessoal: o instrutor tem no círculo familiar um menino autista, o que lhe proporciona uma vivência real dos desafios e das potencialidades das crianças neurodivergentes. Essa experiência familiar o impulsiona a desenvolver métodos inclusivos no tatame e a enxergar o Jiu-Jitsu como uma ferramenta de transformação e pertencimento.
“Meu objetivo é que todos, independentemente de suas condições específicas, possam viver a experiência do Jiu-Jitsu como uma ferramenta de autoconfiança, superação e integração social”, afirma o faixa-marrom, com a convicção de quem une vivência e vocação.
Monalisa, mãe de Luiz Otávio, um jovem praticante de BJJ com TEA, faz questão de destacar o impacto positivo do trabalho de João Graciano: “Ele consegue acolher, respeitar e desafiar o Luiz Otávio com muito carinho e firmeza. Meu filho se sentiu muito bem aceito nas aulas e foi incentivado a se tornar mais seguro e capaz. Eu recomendo o trabalho dele de olhos fechados.”
“Além de formar atletas, João forma cidadãos conscientes, empáticos e preparados para conviver com as diferenças. Sua metodologia equilibra exigência técnica com acolhimento, proporcionando um ambiente onde todos podem crescer”, analisa o amigo e faixa-preta Fabio Gigantinho.